sábado, 25 de setembro de 2010

Hegel e a Consciência das Regras Sociais

Hegel, na fenomenologia do espírito, diz que o sujeito que vive numa sociedade tribal é totalmente alienado. O sujeito vive numa regra social que para ele é uma regra natural. Ele não tem consciência de que aquela regra é arbitrária. Quando ele - se é que isso acontece - entra num estado de despertar da consciência, percebe que aquela regra é arbitrária e que ele não precisa obedecer. Mas aí ele entra num segundo estágio de alienação. Ele não percebe que é parte daquele sistema. Ele considera que aquele sistema é absurdo e decide não obedecê-lo. Ele só romperá o último estágio da alienação quando perceber que também é parte daquele sistema e o sistema só muda se ele mudar junto, ou seja, o primeiro despertar da consciência permite que os sujeitos percebam como os mitos, as religiões e os sistemas políticos que deles derivam funcionam como ideologia que mantém o status quo. Mas o segundo despertar da consciência permite a percepção de como o sistema social atua sobre os indivíduos, criando certas condições e certos contextos para ação. A participação na reformulação dos contextos sociais é pre-condição para o próprio desenvolvimento do indivíduo.

Fonte: Criando o Hábito da Excelência

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Raulzito e a Burrice

Raul Seixas
"É pena eu não ser burro
Não sofria tanto"
Fonte: Só Prá Variar

Lao Tsé e a Liderança Oriental

Lao Tsé aconselhava os líderes a demonstrarem humildade, compaixão e misericórdia como sinais de força e "Governe um grande estado como cozinharia uma peixe pequeno." Para quem não sabe conzinhar, isto significa governar com delicadeza. No ocidente, somos treinados para ser duros e determinados, para considerar a delicadeza um ponto fraco - onde você é vulnerável. O Tao, por outro lado, ensina que o verdadeiro sinal de força é você poder dar-se o luxo de ser gentil.

"O melhor empregador de homens se mantém abaixo deles." - Lao Tsé

Fonte: Mais Platão Menos Prozac

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Drucker e a Estratégia - Século XXI

Por que Estratégia?
Toda organização opera sobre uma teoria do negócio, isto é, um conjunto de hipóteses a respeito de qual é seu negócio, quais os seus objetivos, como ela define resultados, quem são seus clientes e a que eles dão valor e pelo que pagam.

A estratégia converte essa teoria em desempenho. Sua finalidade é capacitar a organização a atingir os resultados desejados em um ambiente imprevisível, pois a estratégia lhe permite ser intencionalmente oportunista.

A estratégia também é o teste da teoria do negócio. A sua incapacidade para produzir os resultados esperados é, normalmente, a primeira indicação séria de que a teoria do negócio precisa ser redefinida. Sucessos inesperados também constumam ser as primeiras indicações de que essa teoria precisa ser repensada. De fato, o que é uma "oportunidade" somente pode ser decidido se houver uma estratégia; caso contrário, hão há como saber o que aproxima a organização dos resultados desejados e o que é desvio e desperdício de recursos.

Mas em que pode se fundamentar a estratégia em um período de rápidas mudanças e total incerteza como este que o mundo enfrenta na virada do século XXI. Existem hipóteses sobre as quais se baseiam as estratégias de uma organização e, em especial, de uma empresa? Há alguma certeza?

Na verdade, são cindo os fenômenos que podem ser considerados certezas. Entretando, são diferentes de qualquer coisa levada em conta pelas presentes estratégias; acima de tudo, não são essencialmente econôBoneco: Drucker em movimentomicas, mas sim sociais e políticas. São eles:

Taxa de natalidade em queda no mundo desenvolvido.
Mucanças na distribuição de renda disponível.
Definição de desempenho.
Competitividade global.
Crescente incongruência entre globalização econômica e estilhaçamento político.


Fonte: Desafios Gerenciais para o Século XXI

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Tiny Dancer in My Hand - Almost Famous

The evening is over.
We hope you all enjoyed yourselves. I'll see you all again in 1974.
Good evening!!!

..And now she's in me, always with me
Tiny dancer in my hand...

Turning back she just laughts

...Hold me closer tiny dancer Count the headlights on the highway
Lay me down in sheets of linen You had a busy day today

You're in home.

http://www.youtube.com/watch?v=7Qn3tel9FWU

Foto tirada na Irlanda em Fev/2008 - Enniskerry Gardens

domingo, 12 de setembro de 2010

O Baleiro - Minha Casa - Vancouver Março 2007

... Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas
E não anda

Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas...


Amoras silvestres
No passeio público
Amores secretos
Debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem
Não posso parar...

Foto tirada no Stanley Park num dos poucos dia de sol em Vancouver em Março de 2007

O Baleiro e a Felicidade

"Não é preciso ser feliz para sempre, basta ser feliz agora. E já."


[ZECA+BALEIRO.jpg]

Zeca Baleiro - Isto É nº 2131

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Gibran e os Filhos

“Os seus filhos não são seus filhos. São filhos e filhas do anseio da Vida por si mesma. Eles vêm através de você, mas não de você, e ficam com você embora não lhe pertençam. Você pode dar-lhes amor, mas não pensamentos, pois eles têm os seus próprios pensamentos. Pode abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois suas almas habitam a casa do amanhã, que você não pode visitar, nem mesmo em seus sonhos. Pode esforçar-se para ser igual a eles, mas não tente fazê-los iguais a você.”

Fonte: O Profeta - Khalil Gibran

sábado, 4 de setembro de 2010

Nietzsche e a Piedade

...

Minhas experiências me dão o direito de disconfiar, mormente no que diz respeito aos assim chamados impulsos "desinteressados", de tudo aquilo que tem a ver com o "amor ao próximo", sempre disposto à ação e ao conselho. Para mim, o "amor ao próximo" é nada mais do que uma fraqueza, um caso isolado que demonstra incapacidade de opôr resistência a um estímulo - a piedade é uma virtude apenas entre os décadents. Eu acuso os piedosos de se perderem em sua vergonha, em sua reverência, em seu instinto delicado para as distâncias; a piedade, por sua vez, acuso-a de feder a povo num simples piscar de olhos, e de ser muito parecida com as más maneiras, com as quais facilmente pode ser confundida, aliás - olhos piedosos podem, conforme as circunstâncias, interferir no modo destruidor em um destino grandioso, em um isolamento entre feridas, que um privilégio para grandes culpas. A superação da piedade, eu a coloco entre as virtudes nobres: eu chamei a de "a tentação de Zaratustra" um caso em que um grande grito de desespero chegou até ele, em que a piedade tomou conta dele como se fosse o último pecado, tentando aliená-lo de si mesmo. Continuar senhor de si mesmo num caso desses, manter a grandeza de sua tarefa livre de vários impulsos mesquinhos e míopes que se mostram nas assim chamadas ações desinteressadas, essa é a provação, talvez a última provação pela qual um Zaratustra tem de passar - a sua verdadeira prova de força.....



Friedrich Nietzsche - Ecce Homo